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O PSD exige ao Governo que “seja claro, coerente e politicamente honesto” e que “pare com a sua cegueira ideológica”. No debate do pedido de autorização para a renovação do Estado de Emergência, Adão Silva recordou que o PSD sempre cooperou com o Governo e com o Presidente da República “para salvar vidas e garantir o futuro dos Portugueses” e que isso lhe dá a legitimidade de fazer estas duas exigências.
De acordo com o líder parlamentar do PSD, nos últimos dias, o Primeiro-Ministro assumiu que a comunicação das medidas pelo Governo é defeituosa. “Estamos de acordo. É defeituosa e é também incompreensível. Como hão-de os portugueses, que são obrigados a ficar em casa, limitados na sua liberdade de deslocação, impedidos nos seus convívios sociais e familiares, compreender que o Governo não proíba ajuntamentos sociais de centenas de pessoas? Para uns, ditam-se proibições. Para outros, aceitam-se exceções. Milhões de Portugueses bloqueados em casa. Umas centenas de militantes comunistas em alegre convívio congressista.”
O social-democrata afirmou que é certo que o Governo, nos dias que correm, deve a sua sobrevivência política ao Partido Comunista. “Mas a nós, a todos nós, o que nos interessa mesmo é a sobrevivência dos Portugueses, das nossas empresas, do emprego, dos serviços de saúde.”
No que respeita à segunda exigência, que o Governo pare com a sua cegueira ideológica, Adão Silva afirmou que “uma pandemia não é uma ideologia”. Com o SNS incapacitado desde a primeira hora, o social-democrata lamenta que o Governo tenha desperdiçado os recursos das instituições de solidariedade, das empresas e das cooperativas. “É um património, são vantagens com que os Portugueses podem contar, que não podem ser desperdiçadas. Mas o Governo, por inacreditável cegueira ideológica, tem desdenhado desses recursos”, assinalou o deputado.