Surtos nas prisões: António Costa está “desaparecido em combate” e o Presidente da República tem de “fazer de Primeiro-Ministro”

23 de novembro de 2020
Grupo Parlamentar Justiça

O Grupo Parlamentar do PSD entregou uma pergunta dirigida à Ministra da Justiça a propósito do surto de COVID-19 no sistema prisional português, em que acusa o Primeiro-Ministro de andar “desaparecido em combate”.

Numa declaração aos jornalistas sobre o tema, Carlos Peixoto afirmou que o surto de covid-19 no sistema prisional português está descontrolado e que quando seria de esperar uma atitude por parte do Governo, teve de ser o Presidente da República “a fazer de Primeiro-Ministro” e a chamar a Belém as ministras da Saúde e da Justiça para que expliquem a situação.

Com os casos a subirem todos os dias, revelando os últimos dados que são já 435 as pessoas infetadas com a covid-19, o Vice-Presidente da bancada do PSD afirmou que estes números demonstram que a “libertação de reclusos ao jeito do PS não resolveu problema nenhum” e que o plano de contingência posto em prática não está a funcionar.

Prova de que não está a funcionar, adianta o social-democrata, são as divergências entre a DGS e a Direção-Geral dos Serviços Prisionais sobre a obrigatoriedade de utilização de máscaras. “Perante esta divergência de opiniões, esperava-se que o Governo fosse firme e determinado e dissesse o que tem de ser dito. Mas não foi nada disto que aconteceu e, nesta matéria, o Governo

está sem rei nem roque”.
Carlos Peixoto frisa ainda que aquilo que temos pela frente “é uma situação grave, que exige toda a nossa atenção” e que, por isso, o PSD pretende que a Ministra da Justiça diga se existe algum plano de contingência, se há medidas preventivas a adotar e o que é que o Governo está a pensar fazer perante estes casos de covid nas prisões.

 

Carlos Peixoto em Conferência de Imprensa