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No debate no Parlamento, esta quinta-feira, o Presidente do PSD defendeu “o uso generalizado de máscaras” de proteção individual como “absolutamente fundamental” para permitir a reabertura gradual da economia. Sabendo que a ciência só assegura uma vacina dentro de meses ou mais de um ano, Rui Rio entende que só há duas formas de “defender” as pessoas: aumentar a proteção individual e reforçar o sistema imunitário.
O líder do PSD apresentou três propostas concretas: a redução da taxa do IVA para certos bens considerados essenciais no combate à pandemia, como máscaras e desinfetantes, uma campanha de esclarecimento e um maior controlo sobre a especulação dos preços de certos bens essenciais.
“Passar a taxa de 23% de IVA sobre as máscaras e gel para a taxa reduzida de 6%”, concretiza Rui Rio, que propõe ainda a descida da taxa máxima de IVA também a todos os produtos que “cientificamente estejam comprovados que reforçam o sistema imunológico”.
O líder do PSD explica que neste momento também é “absolutamente indispensável o início de uma abertura gradual da nossa economia”, porque “cada dia que passa, mais difícil será recuperar a economia”. Para Rui Rio, é preciso encontrar, no curto prazo e no médio prazo, um equilíbrio entre “a proteção na saúde com uma abertura gradual da economia”. Permitir que certas atividades possam estar em pleno funcionamento, como a agricultura e a construção civil, são igualmente vitais para a retoma económica.
Rui Rio entende que o Governo deve “preparar o País para uma segunda vaga” do vírus, o que implica um planeamento e coordenação entre os vários ministérios (Saúde, Economia, Trabalho, Administração Interna e da Defesa), e a mobilização dos hospitais, que devem “reagir em rede” perante uma segunda vaga. “Temos de chegar ao inverno com melhor organização hospitalar, mais capacidade de proteção individual e com o nosso organismo com mais defesas naturais”, frisou.
Como balanço destas primeiras semanas de emergência nacional, Rui Rio saúda o esforço de todos os portugueses, que fez com o que o número de contágios passasse de 35% ao dia no início da pandemia, para “crescer a 5%” atualmente.
No plano sanitário, o líder do PSD apelou ainda à continuação do cumprimento das medidas de contenção: “Estamos a conseguir resultados positivos. Não podemos estragar tudo. Temos de continuar a cumprir. Não transformemos as boas noticias de hoje nas más notícias de amanhã”, alertou.
Rui Rio considera que “faz todo o sentido prolongar o estado de emergência” e, por isso, o PSD irá votar favoravelmente a prorrogação da medida.