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Com a suspensão por tempo indefinido dos espetáculos tauromáquicos, os produtores bovinos ribatejanos da raça Brava de Lide Portuguesa estão com os rendimentos das suas produções comprometidos tanto no mercado nacional como no mercado internacional. O facto de a crise sanitária estar a ter medidas semelhantes nos outros países de destino das exportações nacionais, tal impede as exportações deste produto, cujo valor económico em 2019 ascendeu a um milhão de euros. O PSD acaba de questionar a ministra da Agricultura a propósito do apoio aos produtores da raça Brava de Lide Portuguesa.
Na pergunta, os deputados querem saber quais “os mecanismos delineados pelo Governo para garantir a continuidade da viabilidade da produção de raças autóctones”?
Os parlamentares do PSD, entre os quais dois eleitos por Santarém, Isaura Morais e João Moura, frisam que “no mercado interno, a total suspensão dos espetáculos tauromáquicos em 2020, o excesso de oferta de carne bovina face à procura e consequente desvalorização, e ainda, as normas previstas no Regulamento dos Espetáculos Taurinos que impede a lide de animais com mais de 5 anos (estima-se que existam 250 animais nascidos em 2015, o que em 2021 estarão impedidos de ter o destino para o qual foram criados)”. Uma situação que poder gerar prejuízos “muito superiores a 7 milhões de euros”.
Para os social-democratas, “a política pública deve imprimir maior dinâmica, rapidez e inovação nas medidas delineadas para ajudar o setor agropecuário”.
O PSD pretende saber:
- Quais os mecanismos delineados de modo a garantir a continuidade da viabilidade da produção de raças autóctones? Que ajustamentos estão a ser equacionados e implementados aos modos de produção?
- Quais os canais de distribuição alternativos para o escoamento dos produtos provenientes da produção pecuária? De que forma é assegurada a margem do produtor nos novos canais de distribuição encontrados
- No caso da raça Brava de Lide, que ações concretas estão previstas de apoio à produção e ao possível escoamento da produção perante a excecionalidade de 2020?